Ano passado, durante a Semana Tipográfica, falamos do vídeo Font Conference, lembra? Ele tratava de um encontro da cúpula das fontes que foi interrompido pelo anúncio do sequestro da Courier e da Curlz pelo terrível Ransom. Neste episódio a famigerada Comic Sans acaba com os planos do inimigo e salva o mundo.
Em maio deste ano o pessoal do College Humor filmou uma espécie de sequência da conferência das fontes chamada de Font Fight, onde Helvetica e sua turma de fontes "legais" encontram a turma "malvada" de sua clone/irmã menos prestigiada Arial. Rixas antigas entre os desafetos tipográficos são resolvidas a tapa, espadada, flechada e etc. Assista:
A ideia de associar às fontes estereótipos humanos semelhantes aos seus nomes e características morfológicas é uma fórmula que geralmente causa boas risadas. Por mais bobo e infantil que possa parecer este vídeo, as sacadas dos autores nas caracterizações dos personagens são de tirar o chapéu.
É fato que os nomes das fontes ajudaram muito a traçar estes perfis, como nos casos extremos da Magneto e da Poor Richard (Pobre Richard era um apelido de Benjamin Franklin, acredite), mas considero indispensável uma boa familiaridade com os ilustres tipos antes de começar a disfarçar atores para um curta.
Para o índio Tahoma, nome de um vulcão batizado por nativos americanos, foi necessário mais do que tinta no rosto e uma pena na cabeça para o personagem não passar desapercebido. O cowboy Playbill é sua antítese existencial na história. Que graça teria se um dos dois não estivesse presente?
Já para o "General" Stencil e o "arrepiante" Creepy, as características das fontes serviram de inspiração em suas concepções. Stencil, tipo utilizado na estampa de caixas de armamentos, e Creepy, fonte típica dos clássicos de horror e sorveterias no sul do Brasil, foram literalmente desenterrados dos arcabouços tipográficos para completarem seus times (faz tempo que não as vejo).
Depois de assistir umas vinte vezes ao Font Fight, pensei em possíveis caracterizações para fontes que costumo usar em meu dia-a-dia, como a Garamond e a Trebuchet MS. Alguma ideia?
2 comentários:
Sebas,
você foi muito criativo(a) e inteligente nesta postagem; fazer o leitor se fixar nas personagens e assistir ao vídeo foi uma sacada de mestre.
Parabéns pela excelente criativodade!
Olá Camilla,
tentei com o texto mostrar a maneira que enxerguei, as personagens são o show! Presto a atenção na frase que a Helvetica disse à Arial: "...não a vejo desde que me clonou e roubou minha identidade!" Sensacional :)
Volte sempre!
[]'s do Sebas